No dia 5 de Junho de 1989 - há exactamente 19 anos - o movimento democrático estudantil, iniciado alguns meses antes, em Pequim, na República Popular da China, tinha sido esmagado pelo exército chinês às ordens do Partido Comunista.
Durante semanas milhares de estudantes da capital desafiaram o regime comunista na Praça de Tiananmen em defesa de liberdades democráticas. Muitos acreditaram que a abertura económica desencadeada desde 1978 pelo dirigente Deng Xiaoping teria como consequência uma liberalização do regime comunista, à semelhança do processo então em curso na União Soviética.
Em 3 de Junho a concentração estudantil foi atacada a tiro durante a noite. Desconhece-se o número exacto de mortos que terá oscilado entre muitas centenas ou milhares consoante as fontes. Os corpos foram retirados de noite e o chão da praça limpo para afastar as marcas do massacre.
A foto do jovem estudante fazendo frente ao avanço de um tanque foi tirada já no dia 5 de Junho. Acabou por ser afastado do local e o seu destino é desconhecido. Tornou-se um símbolo da revolta estudantil pela liberdade num país em que a crescente mercantilização não rima com liberalização e em que os media estão impedidos de referir sequer o terrível massacre de 1989.
Imagens impressionantes do massacre da Praça Tiananmen neste vídeo !
Inglês, Francês, Espanhol, entre outras línguas. O Museu Norte-Americano da Memória do Holocausto (United States Holocaust Memorial Museum) oferece uma vasta informação sobre o extermínio dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Entre 25 de Abril e 17 de Agosto é de visitar a magnífica exposição virtual sobre os Jogos Olímpicos do nazismo, Berlim 1936, que os nazis utilizaram como meio de propaganda para a sua doutrina racista da superioridade racial. O sítio proporciona um enquadramento histórico do regime nacional-socialista alemão, as raízes do anti-semitismo, os campos de extermínio.
No ano em que se celebram os Jogos Olímpicos de Pequim 2008, uma oportunidade para recordar a manipulação política dos Jogos Olímpicos ao longo do século XX.
40 anos depois recorda-se a revolta de Maio de 1968 em França. Da contestação estudantil contra o autoritarismo do governo de direita gaullista, crise da sociedade da abundância e do consumismo, a utopia de uma nova sociedade saída da rua, a luta pela paz contra a guerra do Vietnam, o movimento grevista e a recuperação pela direita da agitação social. Uma revolução impossível que deixou marcas no quotidiano ao nível dos costumes e das mentalidades.
Português. Sítio da Fundação Humberto Delgado. Interessando o público em geral, estudantes, docentes e investigadores sobre a luta de Humberto Delgado em prol da liberdade até ao seu assassinato pela PIDE em 1965. Quando passam 50 anos da campanha eleitoral de 1958 vale a pena conhecer um pouco mais sobre o general que em plena ditadura salazarista afrontou o ditador Oliveira Salazar.
O general Humberto Delgado foi candidato da oposição à Presidência da República em 1958. Deu corpo ao descontentamento do povo português contra a Ditadura. Antigo adepto do regime, a sua estadia nos Estados Unidos levou-o a afastar-se do Estado Novo e a concorrer às eleições de 1958. Em conferência de imprensa que ficou famosa respondeu a uma pergunta sobre o destino de Salazar no caso de vencer as eleições:"Obviamente, demito-o!". Com esta determinação entusiasmou o povo português que, aos milhares, pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial, saíu à rua aclamando o «general sem medo». Salazar percebeu o perigo e ordenou à polícia política, censura e Exército que tudo fizessem para salvaguardar a Ditadura. Através de uma gigantesca fraude eleitoral o regime fez «eleger» o almirante Américo Tomás e perseguiu os apoiantes do general Humberto Delgado que acabaria por se exilar e ser assassinado pela polícia política de Salazar, a PIDE, numa emboscada para que foi atraído junto à fronteira de Portugal, em solo espanhol, onde foi barbaramente espancado e morto bem como a sua secretária brasileira em 1965.
Imagens da campanha do general Humberto Delgado em 1958 e acção repressiva da polícia e GNR. Excerto do discurso do ditador Oliveira Salazar com a ameaça «repor a ordem a todo o custo».
Português. A Guerra do Vietname (1959-1975) ou Segunda Guerra da Indochina é conhecida no Vietname como a "Guerra da América" e inscreve-se no contexto da Guerra Fria entre o mundo capitalista e o bloco comunista - a primeira derrota militar dos E.U.A. no século XX.
Inglês. A Guerra do Vietname contada em imagens, na perspectiva americana. Um sítio interessante para compreender a intervenção norte-americana na Indochina. Cronologia de 1945 a 1997. Máquinas, Rostos, Hippies, Debaixo de Fogo, Vida e Sofrimento são os aspectos da guerra a explorar através de fotos de grande qualidade algumas das quais se tornaram verdadeiros ícones do conflito vietnamita.
Português. Introdução ao período da Guerra Fria entre finais da 2 ª Guerra Mundial e o colapso da União Soviética em 1991: o conflito político-ideológico, a corrida aos armamentos e os principais momentos de tensão entre as duas superpotências.
Inglês. Sítio com a perspectiva norte-americana da Guerra Fria mas com abundante informação organizada por décadas, anos 40, 50, 60, 70, 80 e 90, onde é fácil encontrar documentos sobre os principais momentos de tensão no mundo bipolar da Guerra Fria.
Português. Texto publicado na versão brasileira de Le Monde Diplomatique recorda um momento de tensão da Guerra Fria em torno da CRISE DOS MÍSSEIS DE CUBA 1962.
Cuba : 1 de Novembro de 1962. Imagem da espionagem americana localiza os mísseis soviéticos
Francês. Construído no quadro de uma escola secundária canadiana este sítio merece uma visita pelos materiais que conseguiu reunir e a qualidade da apresentação gráfica.
A Fundação Mário Soares, com a colaboração da Escola de Comunicações e Arte da Universidade de São Paulo (ECA/USP), e do Centro de Investigação Media e Jornalismo de Lisboa (CIMJ) organizou o Seminário Luso-Brasileiro "Censura, Ditadura e Democracia", nos dias 8 e 9 de Maio de 2008.
Para leitura das conclusões do Seminário e outras informações consultar:
Francês. Este sítio foi criado com o objectivo de familiarizar os alunos do Secundário com o tema da Revolução Industrial, instrumento pedagógico divertido que ajuda a compreender a complexidade do mundo actual - as inovações (caminho-de-ferro e a electricidade), o trabalho na fábrica ( a mecanização e o trabalho infantil), as cidades ( as epidemias e higiene, os incêndios), patrões e operários (burguesia e lutas operárias).
Há 40 anos, no dia 4 de Abril de 1968 era assassinado em Memphis, Tennessee, o activista dos direitos cívicos da comunidade negra, o Dr. Martin Luther King Jr..Prémio Nobel da Paz em 1964,Luther King deu voz ao movimento contra a segregação racial nos Estados Unidos que tivera início em 1 de Dezembro de 1955, quando a costureira negra Rosa Parks se sentou nos lugares reservados a brancos nos autocarros de Montgomery.
Ficou famoso o discurso que pronunciou na marcha de Washington em Agosto de 1963 perante cerca de 250000 pessoas: "I have a dream", exprimindo o sentimento de que o fim da segregação racial e a luta pacífica pelos direitos civis eram a realização do próprio sonho americano.
Edições 70, 2ª edição, Março de 2007 (edição inglesa 2005).
Numa análise política, social e cultural que se pretende abrangente e revela de que forma estas três vertentes se relacionam e influenciam, Tony Judt apresenta-nos uma obra que regista a evolução da Europa do pós-guerra e a forma como os acontecimentos ocorridos neste continente se repercutem no resto do mundo.
Do fim da Segunda Guerra Mundial ao desmoronar do império soviético e à expansão da União Europeia, Pós-Guerra. História da Europa desde 1945 é uma obra fundamental para se ter uma melhor percepção dos acontecimentos e compreender a evolução por que passou o continente europeu nos últimos 60 anos.
Tony Judt nasceu em Londres em 1948. Fez os seus estudos em Cambridge e na École Normale Supérieure, tendo leccionado História em Cambridge, Oxford e na Universidade de Berkeley. Actualmente ensina Estudos Europeus na Universidade de Nova Iorque.
Português. Sítio do Centro de Informação Europeia Jacques Delors com a história da adesão de Portugal à Comunidade Europeia. Iniciada em 1976 com o I Governo Constitucional de Mário Soares.
Portal da União Europeia – actividades, instituições (como funciona a União Europeia – um guia sobre as instituições da EU), documentos, serviços (inclui os dados estatísticos da EU). Nas várias línguas oficiais da EU incluindo o português. Alguns documentos não estão acessíveis em Português.
Inglês. Um fantástico arquivo on-line sobre a formação da União Europeia, com fotos, vídeos e muitos documentos, o European NAvigator (ENA) é uma fonte de referência para o estudo da unidade Europeia, de 1945 até hoje.
Francês. Parte da história “secreta” da formação da União Europeia numa perspectiva crítica que evidencia o papel dos Estados Unidos na criação de uma frente europeia contra a ameaça comunista na Europa.
A natureza aberta da enciclopédia on lineWikipedia permite a entrada de informação sem controlo científico pelo que se advertem os utilizadores da Wikipedia, em particular os estudantes, para a necessidade de confrontar os dados recolhidos com outros de fontes credenciadas, quer na Internet quer em obras de referência, livros e revistas científicas.
Português. A proclamação da República em 5 de Outubro de 1910. A preparação da revolução: do 4 de Outubro ao 5 de Outubro de 1910. Balanço de uma revolução.
Português. Portal do Governo português onde podes ler e ouvir o Hino de Portugal em ficheiro Mp3. Como uma marcha revolucionária republicana, patriótica, nacionalista, antibritânica e colonialista se transformou no Hino Nacional após o triunfo da revolução republicana de 1910: onde hoje se lê «canhões» a letra inicial apresentava a expressão «bretões», isto é, britânicos, que tinham humilhado a monarquia portuguesa com o Ultimato de 1890. Ver também neste sítio a evolução de outros símbolos nacionais como a Bandeira Nacional.
http://www.vidaslusofonas.pt/machado_santos.htm Português. Página com a biografia do herói do 5 de Outubro de 1910, MachadoSantos (1875-1921).Em destaque a descrição viva dos momentos da Revolução na Rotunda no dia 5 de Outubro.
Português. O Parlamento em Portugal desde o século XIX ao século XX. Em Constitucionalismo: o Parlamento nas Constituições de 1822 a 1976. Em destaque para o século XX: a 1ª República (1910-1926), a Assembleia Nacional Constituinte de 1911, o Congresso, os partidos políticos da 1ª República. O Estado Novo (1926-1974): da Ditadura Militar ao Salazarismo. O regime democrático (1974).
Português. Sítio da associação cívica por «uma República secular e laica, por uma sociedade livre, aberta, inclusiva e justa». Em destaque a campanha de apoio à Declaração Universal dos Direitos do Homem no seu 60º aniversário.
Português. Duas organizações tiveram papel fundamental na implantação da República em Portugal ao lado do Partido Republicano: a Maçonaria e a Carbonária, organização clandestina armada.
Sítio do Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra.
Português. Informação sobre a história recente e a transição democrática portuguesa. Animações do DVD “25 de Abril, 32 anos, 32 perguntas”; o sistema político português – breve história das quatro fases (Monarquia, Estado Novo, República e Democracia) pelas quais Portugal passou; o Estado Democrático, a estrutura do sistema político; documentos que marcaram os anos de 1974 e 1975, ex. o Programa do MFA; José Afonso nos arquivos do Cd25A; o 25 de Abril contado pelos protagonistas.
Português. Sítio do Centro de Estudos do Pensamento Político do ISCSP – Lisboa. Seleccione no ANUÁRIO o século XIX ou o século XX. Seleccione o ANO. Irá encontrar os destaques de Portugal e do Mundo, cronologia de acontecimentos, bibliografia publicada em cada ano, os livros do ano, falecimentos e nascimentos, a personalidade do ano e muito mais! Um útil instrumento de pesquisa.
CENSURA
Censura à Imprensa e Censores do Salazarismo (1926-1945)
Conferência de 8 de Maio de 2007 na Escola Secundária Prof. Ruy Luís Gomes - Almada
Português. Sítio do Museu Nacional da Imprensa. A censura em Portugal da Ditadura Militar ao Estado Novo (1926-1974) : os espectáculos, literatura e artes, política e sindicatos, a imprensa clandestina; cronologia.
Português. Sítio do jornal Notícias da Amadora que reúne um Dossier – Censura 16 com Cadernos da Censura – textos cortados parcial ou totalmente pela censura entre 1958 e 1974 e Censura Interactiva, um pequeno jogo para descobrir onde atacava o lápis do censor.
Portugal : o fim da censura após o 25 de Abril de 1974
DOSSIÊ DO JORNAL EXPRESSO : O QUE A CENSURA CORTOU
Jornal de referência na imprensa portuguesa o semanário Expresso iniciou a sua publicação em 1973 sendo , de imediato, alvo da acção da censura. 25 anos depois José Pedro Castanheira recorda a mutilação da censura nas edições semanais do jornal que o colocaram em risco de publicação, situação ultrapassada com a liberdade de imprensa do 25 de Abril de 1974.
Português. Neste museu é possível aceder a documentos, fotografias e filmes inéditos sobre a vida de Aristides de Sousa Mendes cônsul de Portugal em Bordéus, que em 1940, numa França ocupada pelos nazis alemães, assinou milhares de vistos permitindo a fuga de refugiados ao regime de Hitler. Destituído do cargo por Oliveira Salazar por ter desobedecido a ordens e “desonrado” Portugal, Sousa Mendes morreu na miséria em 1954. O museu está dividido em três corredores virtuais: um sobre a Segunda Guerra Mundial, outro sobre a fuga ao regime nazi e outro sobre a liberdade, com imagens da chegada e partida de Portugal de muitos refugiados. (Público, 19-2-2008).
Português. Iniciação ao estudo do Fordismo. Ver também a ligação ao conceito de toyotismo: uma nova forma de organização do trabalho com origem no Japão.
Inglês. O carro do século XX – o Ford T - e a vida de Henry Ford. Entre 1908 e 1927 foram produzidos 15 milhões de carros: o primeiro carro para as massas! Dele terá dito Henry Ford: « You can paint it any colour, so long as it’s black !»
Sítio em português sobre a Lei Seca, conhecida nos Estados Unidos como Prohibition. Aprovada em 1919 entrou em vigor em 1920 e permaneceu até 1933. A sua aplicação, em nome da reacção conservadora perante as mudanças nos costumes nos anos 20, resultou em fracasso, dando lugar à violência urbana dos gangsters e corrupção das autoridades.
Espanhol. Edição do jornal digital La Insígnia sobre a Guerra Civil de Espanha(1936-1939), inclui entre outros o texto de George Orwell « Recordações da Guerra Civil Espanhola ».
Espanhol. A Guerra Civil de Espanha na memória dos republicanos; exemplares do diário republicano AHORA (1936); informação sobre as forças armadas republicanas.
Espanhol. Homenagem ao dirigente do POUM , Andrés Nin, assassinado pela polícia estalinista no âmbito da intervenção soviética em Espanha na Guerra Civil.
http://www.english.uiuc.edu/maps/scw/scn.htm Inglês. Sítio da Universidade do Illinois (EUA) com múltipla informação sobre a participação de escritores na Guerra Civil de Espanha; cronologia e biografias de personagens importantes da revolução.
http://artchina.free.fr/ Francês. Extensa biografia do líder da Revolução chinesa Mao Zedong ( 1893-1976) com links para vários temas relacionados: Revolução Cultural , história da China, realismo socialista, cartazes de propaganda da República Popular da China, maoísmo, etc.
Francês. Sítio pedagógico de France 5 sobre a Primeira Guerra Mundial com os dossiers: economia de guerra, o inferno de Verdun, na hora dos tratados e revolução russa. Interessante cronologia da Grande Guerra e biografias sumárias.Visitar também o diaporama (selecção de imagens) e o espaço para professores.
Francês, Inglês e Alemão. A história da Grande Guerra através de histórias paralelas da Alemanha, França e Grã-Bretanha. Explica a guerra, as suas origens e consequências.
www.art-ww1.com/gb/visite.html Inglês. A arte da 1ª Guerra Mundial. Como é que os artistas das várias frentes em luta viram a guerra e os seus dramas: os campos de batalha, a idade da artilharia, a morte e o sofrimento humano, a guerra total, são alguns dos temas desta colecção de 100 quadros no 80º aniversário da Grande Guerra.
Este blog foi pensado como um instrumento de trabalho de pesquisa na área da História Contemporânea. Daremos prioridade à informação acessível aos alunos do 9º ano e 12º ano. Após o endereço de cada sítio da Net constará a indicação da língua ou línguas utilizadas e uma descrição sumária dos conteúdos. Neste espaço podem ainda surgir as efemérides, as referências aos livros e artigos científicos que merecerão a atenção dos que se interessam pela História Contemporânea.
O blog http://www.eraumavezahistoria.blogspot.com/ é um produto realizado no âmbito do Centro de Recursos Educativos (CRE) da Escola Secundária Prof. Ruy Luís Gomes - Almada.
Joaquim Cardoso Gomes. Professor de História da Escola Secundária Prof. Ruy Luís Gomes - Almada. Área de interesse: investigação da História da Censura à Imprensa no Estado Novo (1926-1974).Membro do CIMJ (Centro de Investigação Media e Jornalismo).
